Com a chegada do ano eleitoral afloram também os ânimos e os discursos de muitos agentes políticos Brasil a fora.

Não é difícil ouvir pré-candidatos, cabo eleitorais e familiares de pessoas envolvidas com o pleito defender “seus interesses” e dizer que seus conchaves e acordos foram realizados por “amor”, “ideologia”, “religião” e tantas outras desculpas. Tudo, menos por dinheiro.
Em 2018 estamos vendo de tudo. Vendo pessoas defendendo ficha limpa, falar de moralidade na política e desconjurar a corrupção. Discursos lindos e dignos de aplausos. O que me chama a atenção é ver, ouvir e saber que muitos destes já estão fechados com “políticos maiores”, garantindo assim seu apoio para essas candidaturas, principalmente no que tange ao cargo de Deputado.

Em Sergipe, por exemplo, vários interiores já decidiram quem são seus candidatos e as lideranças municipais, em algumas cidades, estão unidas, muitas delas em torno de um único projeto.

Lembro que em 2017, em uma festa particular na Praia do Abais, conversei com um prefeito da região e ele dizia: “Um vereador da minha base me procurou para dizer que FULANO o procurou e fez uma proposta de 50 mil pelo seu apoio. Fui obrigado a liberá-lo, afinal, não tive como cobrir a proposta”, dizia o gestor, afirmando que na sua cidade já eram 4 ou 5 os vereadores fechados nesse projeto. Com essa fala do gestor fiquei a imaginar o quanto esse pré-candidato desembolsará em cidades maiores, haja vista que este interior é muito menor que tantas outras cidades do nosso estado e nas demais, também existe uma forte movimentação se articulando, talvez por amor, para apoiar esse nome.

Sei que nem relógio trabalha de graça, mas o que me chama a atenção é ver a contradição de discursos de alguns falsos moralistas que pregam uma coisa para o mundo, mas, sujam as mãos com dinheiro oriundo sabe-se lá de onde, tudo isso, para exercer a sua “liderança” e abocanhar votos.

Bom! Para quem gosta de dinheiro chegou a melhor época, pelo menos para quem tem “voto” ou lábia. Quem não tem sobram duas opções: se contentar apenas com 50 reais, um saco de cimento, uma carrada de areia ou, dormir sossegado, com a consciência tranquila e a certeza que não colabora com o afundamento de um pais corrupto que cobra dos políticos e se vende nas eleições.

Antes que me interpretem mal, quero deixar claro que esse pensamento é bem genérico e não reflete especificamente a realidade do meu município, pelo menos assim espero. Espero que aqui os acordos sejam todos por ideologia e fidelidade partidária, seguindo um percurso normal de cada agrupamento, sem mesada de candidato, sem abandonar seus colegas correligionários e principalmente, sem jogar na lama seus discursos e suas histórias.

Por: Pisca Jr

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