O presidente da Câmara de Vereadores de Estância, André Graça (PSL), lamentou que o Estado de Sergipe continue no topo da violência pública, de acordo com o 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançado nessa segunda-feira, 29, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).  Os estados que apresentaram maiores taxas de mortes violentas intencionais foram  Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas e Pará, todos esses estados superando a taxa de 50 mortes violentas por 100 mil habitantes.

Dias atrás o parlamentar usou a tribuna da Casa para reclamar da Segurança Pública que o Estado oferece a cidade de Estância. Cobrou do governador Jackson Barreto mais atenção para o município que sofre com a onda de assaltos, roubos, homicídios e que nos finais de semanas a Delegacia Regional não possui equipe plantonista.

André Graça disse que não é cabível um município como Estância, com 70 mil habitantes, sede de onze municípios da região Sul, possuir uma Delegacia Regional em  que as vítimas tenham que prestar boletim de ocorrência em Aracaju ou Itabaiana durante os finais de semanas.  

“Outro dia fiquei envergonhado com a reclamação de um amigo que teve o carro do pai roubado em Estância, disse-me que teve que prestar queixa em Aracaju. Isso é uma vergonha para nós estancianos que fazemos a política desta cidade. O Estado, parece, virar as costas para o nosso povo”, reclamou.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foram mais de 61 mil mortes violentas intencionais no período. Sete pessoas morreram assassinadas no Brasil a cada hora no ano em 2016. O maior número já registrado pela série histórica do Anuário e que só encontra similaridade na comparação com grandes tragédias. É como se o Brasil sofresse um ataque de bomba atômica por ano, dizem os pesquisadores.

Ao falar sobre o tema à nossa reportagem,  André Graça lamentou profundamente que Sergipe continue nesse patamar que envergonha os sergipanos diante de outros estados da federação. Lamentou também  o número de mulheres assassinadas no período, conforme o 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2016 foram  assassinadas 4.657.  O número representa  uma mulher morta a cada duas horas.

“É preciso que haja um trabalho conjunto entre os três poderes, um trabalho de inteligência, de investigação; não adiante cada um trabalhar de forma isolada. Ver outras questões como as fronteiras, o combate às drogas, o cruzamento de informações entre as polícias, investimentos”, salientou o entrevistado André.

Ascom CVE

Fonte: Parabólica News