Professores da rede estadual e das 74 redes municipais filiadas ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), estiveram reunidos na tarde desta segunda-feira, 6, no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, para debater a paralisação de suas atividades na próxima sexta-feira, 10.

A paralisação faz parte de uma convocação nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), onde os professores também realizarão um ato em protesto contra a reforma da previdência e pela revogação da reforma trabalhista e lei das terceirizações. Em Sergipe, o ato está marcado para as 15h, na Praça Getúlio Vargas.

De acordo com o diretor de comunicação do Sintese, Joel Almeida, a paralisação deve ser aderida por cerca de 20 mil professores. “O Governo Federal ameaça outra vez trazer para pauta do Congresso Nacional a Reforma da Previdência e a gente já está começando o processo de resistência”, comenta.

Além da paralisação, a assembleia unificada também discutiu a respeito do modelo de ensino médio em tempo integral implantado pela Secretaria de Estado da Educação (SEED). “Os alunos entram no ensino médio com 15 anos. Essa é uma idade em que muitas vezes eles utilizam o horário contrário ao da escola para fazer os cursos profissionalizantes ou ajudar os pais. Para implementar, é preciso um estudo de demanda na comunidade para saber qual é o interesse da comunidade em ter essa escola em tempo integral”, afirma.

Seed

A assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Educação informou que 17 escolas da rede já aderiram ao novo modelo. A assessoria explicou ainda que não se trata de uma imposição por parte do Estado, mas que a própria comunidade escolar define se irá aderir ou não ao ensino em tempo integral.

Por Yago de Andrade e Verlane Estácio – Infonet