O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Sergipe, Carlos Tadeu da Silva Rosa, é acusado de promover desmatamento em área de caatinga, classificada de preservação ambiental, no Estado da Bahia. No ano passado, técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema) identificaram o desmatamento e consequente dano ao meio ambiente, com destruição de abrigos, impedindo a procriação da fauna em área de caatinga, em uma fazenda de propriedade de Carlos Tadeu, no município de Itapicuru, naquele Estado.

De acordo com o relatório do Inema, a área degradada tem extensão de 101,09 hectares, onde houve o desmatamento de vegetação nativa do bioma caatinga de porte arbóreo/arbustivo. Na inspeção, realizada no dia 27 de novembro do ano passado, os técnicos do Inema encontraram material decorrente do desmatamento amontoado, pronto para ser queimado, conforme consta no relatório. Os técnicos constataram que a propriedade pertence a Carlos Tadeu e verificaram que o proprietário não possui documentos que comprovem a regularização da atividade. Na área desmatada, a vegetação foi substituída por cajus e eucaliptos, segundo o relatório.

A ação que identificou o crime ambiental na fazenda de Carlos Tadeu Rosa é fruto da Operação de Fiscalização SOS Mata Atlântica desencadeada pelo Inema em território baiano, tendo como objetivo fiscalizar o desflorestamento e promover validação do sensoriamento remoto realizado pelo geoprocessamento no bioma mata atlântica nos municípios inseridos na região Nordeste da Bahia.

Neste procedimento, o Inema identificou 227 áreas que sofrerem algum tipo de alteração de cobertura vegetal entre os anos de 2014 a 2017. Durante a inspeção em campo, os técnicos concluíram que foi executado, a corte raso, supressão de vegetação nativa do bioma de caatiga em quatro áreas distintas dentro da propriedade de Carlos Tadeu. Crime ambiental classificado de natureza grave, com infração atenuada porque o proprietário colaborou com a fiscalização.

Defesa 

O superintendente do Ibama em Sergipe admite que já foi notificado pelo Inema. Ele disse que o processo está em andamento, que ainda não se definiu se a multa será efetivamente aplicada e que já apresentou defesa prévia, faltando as alegações finais.

Carlos Tadeu garante que já comprou a fazenda com aquela área desmatada e que, na época que adquiriu o imóvel, o então proprietário garantiu que teria toda a documentação legalizada. “O processo ainda está na fase inicial. Infelizmente, quando comprei há havia sido feito o desmatamento”, destacou.

Por Cássia Santana ´- INFONET

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