Nos próximos dias a cidade de Gumercindo Bessa completará 175 anos e ao longo de sua história não me recordo de ter conhecido uma oposição tão sem sal como a atual. Composta por políticos que deixam as ideologias de lado para tentar chegar ao poder a qualquer custo, a oposição de Estância acumula uma sequência de contradições que só apontam o porquê do declínio deste grupo que trabalha simplesmente pelo quanto pior, melhor, esvaindo-se de dor ao ouvir cada anúncio de obras que precisaram de 30 anos para sair do papel, a exemplo das diversas que já foram realizadas na atual gestão e que tem tirado o sono de muitos, e feito alguns protagonizarem um ridículo papel de criticar pela crítica, sem fundamento ou o mínimo de razão.

Ao longo das linhas que seguem, vou tentar descrever alguns cenários para poder argumentar o porquê da minha opinião acima. Vamos lá!

Quem são os partidos ou pessoas que fazem oposição na atual conjuntura? Temos o PT, presidido em Estância por Dominguinhos Machado. Temos o PSOL que tem como principal protagonista o servidor Público Márcio Souza. Também faz parte do time que tenta a derrocada do atual governo a turma comandada pelos ex, Ivan Leite (ex-prefeito) e Valdevan 90 (ex-deputado).

Agora vamos desmiuçar as contradições:

Vocês acompanham  no rádio os discursos ferrenhos do presidente do PT? Pois é, mesmo com a ideologia afiada na teoria, no último pleito o presidente do Partido dos Trabalhadores votou em um deputado de outra agremiação política, e olha que não foi por falta de opções em sua legenda, afinal, o PT teve candidatura própria em Estância, o professor Dudu, candidato que, diga-se de passagem, foi o estanciano que mais chegou perto de alcançar uma cadeira da Assembleia Legislativa. Será que os votos que faltaram foram justamente os que foram disseminados por essa desunião interna deste partido que aqui  consegue apenas eleger um vereador? Tirem suas conclusões.

Outro partido que na ideologia tem um grande potencial é o PSOL, porém, em Estância, os roxinhos não tiveram coragem de por a cara a tapa e disputarem a última  eleição pura, sem as alianças com figuras que até outrora eles abominavam. O PSOL, na ânsia do poder a qualquer custo, fez alianças imagináveis com segmentos que variaram desde a grandes empresários, até ex-presidiário, uma combinação que não foi vista com bons olhos pelos estancianos que deram o troco nas urnas  a coligação batizada como sarapatel de coruja.

O ex-prefeito Ivan Leite eu não sei nem o que dizer. Político de direita que já fez coligações com todos os segmentos de Estância. Como resultado, o ex-tucano viu seu prestígio político despencar mais que a bolsa de valores em dias ruins, chegando ao ponto de não conseguir eleger nem sua candidata ao conselho tutelar, quanto mais, a cargos de maiores expressividades. Uma coisa é fato, não sei se por qual motivo Ivan nunca mais tentou ser candidato direto a nada. Será com medo do resultado das urnas?

Quanto a Valdevam  eu vou preferir nem escrever nada, afinal, a caneta do TSE e dos demais órgãos já deram sua sentença,  e aliado a isso, o povo de Estância também já disse não a sua forma de fazer política.

É por essas e outras que  a eleição do próximo ano vai a cada dia se alinhando para um final com Graça, pois o estanciano só tem duas opções: Continuar com um modelo de gestão que zela pelo erário público; que resgatou o sentimento de pertencimento, devolveu as praças esportivas da cidade, refez as praças e entregou verdadeiros cartões postais ao seu povo; resgatou as festas, paga em dias e realizou obras nos quatro cantos da cidade, ou, tentar experimentar uma turma que suas ações demonstram apenas uma coisa: Que o discurso deles divergem da prática e que para eles o que importa agora é o circo pegar fogo para que eles possam ter alguma chance de lá na frente assumir o comando dessa embarcação que tem tudo para não naufragar.

Enquanto 2024 não chega, cabe a nós ficarmos ouvindo o desesperado discurso de quem critica a construção de praças, a realização do São João mais cultural de  Sergipe; a faculdade de medicina; a reforma de todas as unidades de saúde do município; a construção de quadras no Santo Antônio, Carmem do Prado, Cidade Nova, Alecrim, Candeal, Santa Cruz, Recanto Verde e tantas outras que estão por vir. Enquanto isso vamos ouvir o grito de quem reclama da pavimentação da Rua Maria Santana Santos, Sonho do Leste, 14 ruas da Baixada e muito mais.

Vou parar por aqui, afinal, hoje é domingo,  eu já estou  com fome. Se fosse passar o dia escrevendo os motivos que deixam a oposição desesperada passaria o final de semana prolongado todo aqui. Como Estância é pequena e todos se conhecem, não tenho motivos para argumentar a dor de cotovelo que os contra estão neste momento, afinal, quem enxerga vê, e quem vê sabe que Estância não merece ser entregue nas mãos de projetos que remetem ao passado.

Por: Pisca Jr – Jornalista do Diário Sergipano