Quem tem acompanhado o trabalho parlamentar do vereador Tito Magno, PSB Estância, tem visto a contradição do legislador que hoje corre atrás do tempo perdido após 4 anos de silêncio total e conivência no tocante a muitas coisas que se originaram enquanto seu pai era prefeito e que hoje viram pautas para suas proposituras. Conclusão de obras inacabadas deixadas pelo seu pai, funcionamento de creche inaugurada sem a rede elétrica e hidráulica na gestão do seu pai, são alguns dos exemplos das cobranças que hoje são divulgadas pela sua assessoria.

Em um passado não distante, o nobre vereador calou-se diante tantas denuncias e fez acumular resmas de papel em seu gabinete por falta de indicações.

Enquanto isso, professores foram às ruas cobrar o piso salarial que não foi pago; os servidores da saúde fizeram greve por atrasos salariais, os guardas municipais tiveram o curso de formação suspenso por falta de munição para as aulas práticas ( O curso foi oferecido gratuitamente e cabia ao município adquirir as munições), da mesma sorte, os guardas ficaram sem o plano de cargos e salários e levaram um calote no auxílio uniforme; direitos trabalhistas foram negados, a exemplo de férias aos servidores. O décimo terceiro não era pago na data do aniversário.

Em relação a obras, a Rua Maria Santana Santos foi abandonada, deixando moradores em em meio a lama e fezes; a praça da juventude, obra iniciada em 2011 foi entregue apenas com 52% de conclusão. Iniciou a construção da Caixa D’água do Candeal e do Conjunto Santo Antônio e deixou as obras abandonadas ainda no primeiro ano de gestão. Iniciou as obras de postos de saúde no Alecrim, Candeal, Riboleirinha e Santo Antônio e em todas as localidades também paralisou a obra. A cobertura da quadra do Maria Isabel não deu continuidade; se passaram quatro anos e a cozinha comunitária do Bairro Cidade Nova continuou fechada. Iniciou e abandonou a obra da quadra coberta ao lado do conselho tutelar do bairro Cidade Nova e faltando três a quatro meses da eleição deu ordem de serviço para construção do posto de saúde do Bonfim, obra essa que ficou apenas na placa.

No bairro São Jorge iniciou e abandonou a construção de uma creche. Além do mais, derrubou o palco do Forródromo prometendo fazer uma grande obra após o primeiro São João. Por falar em São João, em seu primeiro ano de gestão o prefeito Carlos Magno realizou uma festividade memorável, através dela, Estância voltou a figurar nas páginas negativas dos noticiários sob suspeita de superfaturamento na contratação das bandas – com cachês iniciais mais caros em cem mim reais em comparação com outras cidades para o mesmo Conjunto musical. Ainda relembrando o  São João, essa festa entrou também para a memória dos músicos, fogueteiros e fornecedores que passaram anos de sofrimento para receber os valores referentes as prestações de serviços à prefeitura, valores estes, diga-se de passagem, pagos agora na gestão do prefeito Gilson Andrade.

Na gestão do prefeito Carlos Magno, pai do vereador que hoje se esforça para ser atuante e que diariamente espalha sua assessoria nas ruas  para filmar qualquer folha que caia ao chão, as casas do residencial alecrim foram invadidas, o barracão cultural abandonado, a casa da cultura destruída, o auditório Judite Melo largado a própria sorte, a sede do CRAS do bairro Cidade Nova completamente abandonada. O CAIC também foi abandonado e o posto de saúde que antes era  localizado naquele espaço passou a funcionar em uma casa alugada. Por falar em aluguéis, várias foram as denúncias referentes a este tema, a exemplo de uma casa alugada por um ano sem ser utilizada ( Valor mensal do aluguel: cerca de 4 mil reais). Compra de terreno de vereador por vultuosas quantia de dinheiro não fora concretizada por pressão da mídia e de um grupo de três vereadores que deram plantão na tribuna da câmara e nas emissoras de rádio para denunciar tal tentativa.

Abandono quase que totalmente da frota é um exemplo claro da forma que o erário público era tratado. Em um dos casos, a gestão dos “Magnos” deixou duas caçambas presas no pátio da PRF por aproximadamente cinco meses, contabilizando quantias vultuosas referentes as diárias. E o mais grave: Uma das caçambas foi presa por falta de CNH, no entanto, caso o município enviasse um motorista habilitado o veículo seria liberado no mesmo dia. Onde estava o vereador que não viu isso?

Por três carnavais uma Patrol do município ficou “na capital baiana” e por pouco não recebeu um título de cidadão soteropolitano. Ao retornar de Salvador a Patrol estava pior do que foi.

Até hoje os estancianos aguardam o tão sonhado Caribe, o teatro municipal na esquina do Sesp, a feira dos importados e tantas outras obras que foram pagas para se projetar e que não passaram de quadros em uma parede velha de gabinete.

Os estudantes universitários foram enganados e não receberam os valores acordados. Na reta final, o convênio celebrado com a juventude foi desfeito e os estudantes, em muitos casos, tiveram que abanfonar os cursos por conta dos altos custos com a mensalidade do transporte.

Funcionários fantasmas eram encontrados de caminhão na folha de pagamento. Um deles, inclusive, hoje “presta serviços” para, sabe-se lá quem, filmando cada centímetro de mato que cresce na cidade. Até meados de outubro ou novembro do ano passado ele estava nomeado no gabinete do prefeito, recebendo pouco mais de oitocentos reais para não fazer nada, aliás, nem pisava os pés no paço municipal. Este ano, quando o prefeito anunciou o pagamento das rescisões é que ficou claro o quantitativo de fantasmas sugavam o dinheiro público (estes hoje querem pagar de bons moços e se tornaram os cobradores das soluções da bagunça deixada pela gestão que eles mesmos faziam parte).

Foram anos de promessas: Prometeu derrubar a mureta e não derrubou. Prometeu construir a quadra do Bonfim e não construiu. Prometeu não atrasar salário e atrasou e tudo isso aconteceu aos olhos do vereador e presidente da câmara, a época, Tito Magno. Em nenhum desses casos o edil cobrou do executivo explicações, agilidade nas inaugurações ou fez qualquer estardalhaço nas redes sociais.

Hoje, sem sua base formada por um exercícito de cargos comissionados, o vereador corre atrás do tempo perdido e começa a por pra fora o estoque de resmas de sulfite na confecção de indicações de assuntos que até então já existiam, mas, aos seus olhos eram imperceptíveis.

De uma coisa eu tenho certeza. A gestão de Gilson Andrade é de fato milagrosa, tem feito o paralítico andar, o mudo falar e curou até os leprosos…

Por Pisca Jr – Graduando do curso de comunicação social/Jornalismo