Não entendo muito de política e a cada dia que passa perco ainda mais o interesse pelo tema. Porém, uma coisa me chamou a atenção esta semana no cenário político de Estância e me fez refletir: A política é uma onda ou age como uma?


No último sábado, dia 2 de março, a Câmara de Vereadores de Estância sediou uma solenidade de filiação de uma determinada sigla partidária, o União Brasil, que em Sergipe é comandada pelo experiente político André Moura e que na capital brasileira do barco de fogo tem a pessoa do vereador Misael Dantas como principal nome, até então.


Antes de prosseguir com a minha avaliação do que rolou no dia 2, gostaria de voltar ao tempo e enfatizar que esta sigla partidária criou, ou absorveu, um grupo batizado de “Chapinha”, composto por homens e mulheres de bem e que em sua grande maioria são servidores contratados da Prefeitura de Estância, ou, têm filhos e indicados no poder público municipal. Pois bem, até então, essa chapinha criou muito rebuliço nas mídias sociais e na imprensa da cidade e mesmo tendo espaços na atual gestão se mostraram até então independentes e colocaram-se em um patamar de peso que poderá decidir o pleito eleitoral que se aproxima.

Porém, no último sábado, dia onde os nobres integrantes deste poderoso grupo deveriam estar em êxtase, acumulando múltiplos orgasmos de felicidade, satisfação e empoderamento, o que se percebeu foram rostos preocupados e semblantes de quem poderão ver, em breve, um ciclone botar os planos a perder e a grande onda que se formou voltar a ser uma marola qualquer, pelo menos, para os mais afoitos que inocentemente acreditavam, ou acreditaram, que na política o pequeno tem vez.

Depois de ouvir muita coisa sobre o evento e observar a repercussão da noite, fui dormir com o seguinte questionamento: A política é uma onda? Ou seja, é algo engraçado? Ou a política age como uma onda, derrubando aqueles que estão despreparados e fazendo crescer aqueles que têm “força” para suportar os obstáculos?

Confesso que acordei no dia seguinte sem respostas, e continuei a tentar encontrar estas respostas nas observações alheias, nos posts de quem esteve lá e principalmente, nas publicações dos principais interessados, os integrantes da chapinha.

Mas o que te fez pensar dessa forma Pisca Jr?

Bom, como a chapinha é um grupo fechado, coeso, que inclusive me negou espaço em determinada situação onde solicitei uma vaga para disputar a vereança, acreditei que a onda da política não iria mexer no tabuleiro e que depois que as águas passassem, todos estariam de pé, unidos e entre os 16 que iriam compor a chapa do partido na disputa vindoura. Porém, algumas novas peças que chegaram ou que poderão chegar me fizeram refletir ainda mais: Esse grupo que negou espaço a Pisca Jr e que disse que já estavam fechados aceitarão de boa a chegada de nomes como a esposa do suplente de Deputado, o delegado André Davi? E a empresária Silvaneide Morais, disputará uma cadeira no legislativo municipal? A ex vice-prefeita, a senhora Adriana Leite, que se fez presente ao evento, se filiou ou irá se filiar no partido? Será que disputará uma cadeira na câmara municipal pelo unido “UB”?

Pois bem, a onda ta passando e se estes três nomes, dois deles já oficialmente filiados ao partido resolverem se candidatar, o que será dos pequenos que sonhavam com uma cadeira na câmara de vereadores? A Chapinha que alardeava que não aceitava ninguém ligado a Gilson Andrade (mesmo sendo eles CC) aceitará estes grandes nomes que surgiram recentemente? Se os planos da Chapinha eram fazer dois ou três vereadores, com estas grandes mulheres que vieram para o projeto, sobrará coeficiente para os pequenos continuarem os sonhos?

As respostas nós só teremos pela frente, por isso, vou dormir, afinal, como não faço parte da chapinha ainda consigo ter noites tranquilas de sono e não ficarei dias ao claro nas incertezas de como será o amanhã!

“A política é uma onda: sempre em movimento, às vezes tranquila, outras vezes tumultuada. Como uma onda, ela pode nos surpreender, nos molhar e até nos arrastar para lugares inesperados. Mas, ao contrário do mar, muitas vezes parece mais uma piscina infantil, com suas brincadeiras e voltas inesperadas.”

Mas, como diz o poeta: “Se avexe não, amanha pode acontecer tudo, inclusive nada!”

Por: Pisca Jr