Durante uma recente entrevista concedida a rádio Jornal FM, na capital sergipana, o ex-prefeito de Estância, o médico Carlos Magno Costa Garcia afirmou que não participará diretamente do pleito eleitoral de 2020, no entanto, indicará seu filho, o vereador Tito Magno, PSB, para compor chapa com o pré-candidato Márcio Souza, PSOL. Carlos Magno enfatizou durante a entrevista que dará a oportunidade para as novas gerações, no entanto, ficará por trás orientando a chapa de oposição ao atual governo.

Para muitos  munícipes, que tiveram conhecimento da entrevista através de sites e das redes sociais, essa afirmação do ex-prefeito soou como um alerta, afinal,  Carlos Magno  trás em seu histórico um leque de ações que foram reprovadas pela população estanciana, deixaram marcas negativas e faz  com que professores, parte dos servidores e fornecedores fiquem com cabelo em pé, afinal, ao longo da história  recente de Estância o município nunca conseguiu emplacar mais de uma década de progresso e desenvolvimento e sempre oscilou entre administrações desastrosas x organizadas, fato esse que impede que a cidade decole, pois sempre que um prefeito organiza as contas, inicia obras e  deixa a cidade  pronta para receber mais investimentos vem outro e põe tudo a perder.

Quem conhece a história política do município sabe que em 2013 o então prefeito Carlos Magno,  ao assumir, pegou uma cidade administrativamente organizada no entanto, passaram-se 4 anos e o que o seu sucessor encontrou foi um município com débitos com dezenas de fornecedores, artistas, agentes culturais e  ex-servidores. Frota sucateada, obras paradas, débitos junto ao INSS que tiveram que ser negociados e que até hoje são debitados dos cofres públicos. O município não pagava o piso do magistério, estava com o auxílio uniforme da GME atrasado e negava férias aos servidores . Além do mais, foi prometido a construção de um Caribe na Praia do Saco, um shopping das confecções, uma rodoviária na antiga CEASA, transformar a Escola João Nascimento Filho em uma escola de andar, asfaltar a região do Farnaval, levar energia elétrica para o Assentamento Vitória, fazer um Posto de Saúde no Bairro Bomfim,  construir um teatro, fazer uma praça de lazer no Paulo Amaral, reformar a Praça Barão do Rio Branco  e o principal, não atrasar salários.

Saindo das falácias, o que se viu foi que nenhuma das promessas foi cumprida. Os 4 anos se passaram e várias obras deixadas sem conclusão, e o pior, com vários problemas burocráticos para serem resolvidos. A toque de sino e repique de caixa o ex-prefeito inaugurou uma creche faltando aproximadamente 3 dias para encerrar sua administração, no entanto, a creche não possuía a parte elétrica e nem hidráulica, ou seja, um ato desesperado que quase causou um prejuízo ao município, afinal, como ele inaugurou a obra, quem bancou, no caso o governo Federal, não tinha mais como mandar verba para uma obra que já estava concluída e ainda faltava muita coisa a se fazer, ou seja, mais problemas e mais burocracia para a gestão posterior resolver, assim como fora  a construção de uma quadra no Santo Antônio, obra iniciada em terreno que não pertencia ao município e que por este motivo precisou ser interrompida, deixando entraves burocráticos que perduram até os dias atuais. Não realizou o São João 2016 no forródromo, foi acusado por um agente cultural de passar cheque sem fundo a uma escola de samba, acabou com o carnaval das praias e não realizou revéillon.

O ex-prefeito, que agora orientará Márcio Souza, iniciou uma obra para construção de uma caixa d’água no Conjunto Santo Antônio e abandonou, deixando a comunidade conviver com um problema crônico que afeta milhares de moradores dos Conjuntos Santo Antônio, Paulo Amaral e Nova Esperança. Dentro do leque de obras paradas (interrompidas) ficaram vários postos de saúde, a Praça da Juventude e a Cozinha Comunitária, ambas  iniciadas na Gestão de Ivan Leite e que passadas 4 anos de Carlos Magno não fora concluída, além da Praça da Cultura e Esportes no Bairro Cidade Nova. Iniciou uma obra de cerca de 3 milhões de reais na Rua Maria Santana Santos, abandonou a obra e mesmo gastando mais de 1 milhão no local deixou a população em meio à lama, poeira e esgotos.

Por estas e outras, a fala recente do ex-prefeito Carlos Magno repercutiu e muito na cidade, afinal, até pouco tempo atrás, cerca de 1 ano, Márcio Souza esbravejava pelos 4 cantos da cidade que não se juntava com Carlos Magno, e outros ex-prefeitos, políticos que, segundo ele, faziam parte da velha política estanciana. Mais cômico ainda é lembrar que ele, Marcio Souza, seus companheiros do PSOL e do SINDSEME, realizaram diversas manifestações nas ruas da cidade contra Carlos Magno, tanto na história recente (2013 a 2016), quanto na década de 90, época em que os servidores públicos de Estância passaram 7 meses sem salários.

Ouça o Áudio  onde Márcio diz que não caminharia com Carlos Magno

Vários são os motivos que  estão deixando os estancianos de sobreaviso, afinal, o “orientador” de Márcio Souza é o mesmo que demitiu centenas de cargos comissionados e deixou a fatura para a próxima gestão. Teve servidores demitidos em setembro e que só foram receber em meados de março, quando Gilson Andrade chamou todos os trabalhadores para repassar a eles aquilo que lhes era de direito. Da mesma forma, dezenas de  fornecedores que haviam prestado serviços nos festejos juninos, bem, como artistas, bem como fornecedores em geral, foram convocados para uma negociação e passaram a receber os valores referentes aos serviços prestados em uma época de incertezas, onde os compromissos não eram honrados e o comercio amargava uma crise provocada pela falta de dinheiro circulando na cidade.

 

Hoje, o município comemora 35 meses ininterruptos com salários sendo pagos rigorosamente em dia (antecipado), fornecedores, prestadores de serviços e artistas sendo respeitados e muitos dos problemas herdados resolvidos ou encaminhados para uma solução, um novo horizonte de certezas que pairou sobre as dúvidas, decepções e incertezas que muito assombrou o estanciano que teme pelo pesadelo do passado e sonha com uma Estância cada dia mais progressista, pujante e feliz.

Por: Pisca Jr

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